Argentinas relatam estupro e cárcere privado em Bombinhas, SC

Com informações do G1 SC

A Polícia Civil de Santa Catarina abriu investigação sobre o caso de duas mulheres, de nacionalidade argentina, que relataram terem sido vítimas de cárcere privado e estupro no município de Bombinhas, litoral de Santa Catarina.

As vítimas, segundo o G1, teriam trabalhado na casa noturna por 2 semanas e o suspeito é o proprietário do estabelecimento, um homem de 49 anos. A identidade do suspeito e o nome da casa noturna não foram fornecidas.

As mulheres, de 21 e 22 anos, também não tiveram a identidade revelada.

Entidades emitiram uma Nota exigindo esclarecimentos e providências. O Instituto Humaniza SC também assina a nota.

Leia a íntegra abaixo

Argentinas estupradas em cárcere privado em Bombinhas. Cadê a justiça, órgãos oficiais e de proteção a mulher?

Nós, entidades não governamentais abaixo descritas, repudiamos veementemente os fatos que  vieram a tona no dia 22 de janeiro, veiculados por noticiários locais e nacionais de denúncia de cárcere privado, tortura e estupros de duas mulheres argentinas no município de Bombinhas, cometidos   por empresário de uma casa noturna.

Diante da gravidade dos fatos, por se tratar de um crime grave e de repercussão internacional, exigimos publicamente esclarecimentos e  quais providências estão sendo tomadas pelos órgãos competentes do município para apuração dos fatos, atendimento às vítimas e pedido de prisão do autor deste crime hediondo, que tem seu nome resguardado sob sigilo até o presente momento.

E mais do que isso, queremos o envolvimento dos órgão públicos, das autoridades, das igrejas, das demais entidades e comunidade para juntas enfrentarmos essa violência de gênero,  que é sim uma questão cultural, porém,não pode jamais ser considerada “normal” na sociedade que vivemos.

BASTA! Não podemos permitir que nós, nossas filhas e netas vivamos ameaçadas ou com medo de realizar as coisas básicas na vida, que é sair para ir trabalhar, estudar, se divertir, correndo risco de sofrer violência.

Queremos nossas cidades seguras para mulheres e meninas. Temos  nosso direito de VIVER SEM VIOLÊNCIA.

BASTA de impunidade para quem comete esses tipos de crimes hediondos.

BASTA de acobertamento aos violentadores…ou até que os fatos sejam apurados, devemos aceitar o local funcionando e colocando em risco outras vidas?

 Somos cidadãs e temos o direito de  exigir a apuração rápida e eficiente na punição deste crime que fere a todas nós mulheres.

Conclamamos  autoridades, comunidade e órgãos públicos para que  se unam a nós, formando um Forum de acompanhamento deste caso e de enfrentamento a todas as formas de  violências contra mulheres e meninas.  

Associação Flor de Lis

Instituto Movimento Humaniza SC

ADI – Associação das Pessoas com Deficiência para a inclusão

Instituto Araxá de Inovação Social

Instituto Pitangueiras

Garapuvu – Associação Ambiental de Bombinhas

Instituto Mangue Novo

Ajude o Humaniza SC a continuar combatendo o ódio, a violência e a intolerância.

𝗣𝗜𝗫 – 𝗖𝗡𝗣𝗝

𝟱𝟮.𝟭𝟴𝟬.𝟮𝟰𝟯/𝟬𝟬𝟬𝟭-𝟱𝟮

2 respostas

  1. Quando se acreditava que com avanços tecnológicos, a democratização dos conhecimentos, a ciência presente no cotidiano, o ser humano também avançaria na sua humanidade Ledo engano! Veio a escuridão, as trevas da idade média, a brutalidade, a religiosidade falsa sem os preceitos fundamentais da solidariedade, da bondade, da honestidade E sempre nós mulheres o alvo preferencial, sobretudo a mulher negra, a mulher pobre, a mulher imigrante, enfim, NÓS , XX no genótipo ou não, mas sempre NÓS mulheres ! Até quando a barbárie
    😢

  2. Basta de silêncio sobre a identidade dos machopatas que continuamente decidem o que fazer com nossos corpos. Nossos corpos, nossas regras, nossas decisões. Que nenhum homem, que ninguém decida por nós.
    Basta de violência de gênero! Basta de sermos perseguidas, assediadas, violentadas e mortas. Chega de proteger esses crápulas!
    Que ess casa noturna seja fechada e que o dono pague por seus crimes.
    Estupro deve ser considerado crime hediondo no rigor da Lei.
    Não aguentamos mais!