Instituto Humaniza SC repudia os ataques ostensivos na Faixa de Gaza e se soma na luta pela paz no Oriente Médio

O Instituto Movimento Humaniza SC (IMHSC) surgiu pela necessidade de organização coletiva contra práticas orientadas por discursos de ódio e pela violência política perpetuada por grupos de extrema-direita e nazifascistas.

Deste modo, é um movimento pautado pela defesa irrestrita dos Direitos Humanos, que vê na educação, nas artes e na mobilização social os caminhos para a construção de uma cultura da paz e de uma sociedade produzida na convivência e respeito pelas diferenças étnicas, raciais e culturais. 

A respeito dos conflitos no Oriente Médio, envolvendo o Hamas e o Estado de Israel, reiteramos que toda guerra ou conflito que vitimize civis inocentes – entre eles crianças, idosos e famílias inteiras – deve ser imediatamente condenado, cabendo às forças políticas internacionais todas as articulações necessárias para a restituição da paz.

DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

Contudo, como movimento fundado na defesa dos direitos humanos, o IMHSC se soma a todas e todos ativistas, políticos/as, intelectuais, entidades, movimentos sociais e instituições acadêmicas que vêm demonstrando solidariedade, indignação e resistência às opressões perpetuadas pelo Estado de Israel contra palestinos que vivem na Faixa de Gaza, como resposta aos ataques do Hamas no último dia 7 de outubro. É inegável que a tragédia humanitária que assola a Palestina ultrapassa os últimos acontecimentos e se perpetua por mais de 70 anos, envolvendo restrições de liberdade, violações ostensivas de direitos humanos, ataques militares desproporcionais à qualquer capacidade de resposta ou reação e, acima de tudo, o não reconhecimento da Palestina como nação soberana, tolhendo de milhares de pessoas o direito a uma identidade, a um território, a cidadania. 

Diante do massacre visto nos últimos dias e que não ganha espaço devido nas mídias tradicionais, temos o dever de ecoar o clamor por um cessar fogo e pela abertura de um corredor humanitário que possibilite alguma segurança e assistência aos palestinos e palestinas que ainda sobrevivem a essa guerra. Devemos, sim, condenar o antissemitismo e qualquer forma de ódio ao povo judeu – tão castigado em outros eventos históricos – sem, no entanto, justificar a violência sionista praticada pelo Estado de Israel contra a Palestina nesses 75 anos de ocupação. 

ATITUDE LAMENTÁVEL

Por último – e não menos importante – denunciamos a atitude lamentável e condenável de políticos brasileiros, entre eles Gustavo Gayer (PL) e Júlia Zanatta (PL), que enviaram ofício para a Embaixada Americana no Brasil com uma lista de nomes, profissão e filiação institucional de políticos, ativistas, intelectuais e entidades que manifestam, histórica e sistematicamente, apoio e solidariedade aos palestinos, repudiando as violências do Estado de Israel.

Sem qualquer respaldo constitucional e podendo incorrer em crime de traição à pátria – por possíveis serviços de espionagem em favor de uma potência estrangeira – esses políticos faltam com a verdade ao associarem a defesa da causa palestina a um suposto apoio ao grupo fundamentalista do Hamas.

O Instituto Movimento Humaniza SC (IMHSC) se solidariza e presta seu apoio a todas e todos aqueles/as que, mais uma vez, são expostos a perseguição dessa extrema-direita que segue violando a liberdade de expressão, o pensamento crítico e mobilização política e humanitária de indivíduos e grupos que se opõem frontalmente aos seus ideais fundamentalistas, conservadores e neofascistas.